quarta-feira, 25 de abril de 2012

Alimentos: nas menores embalagens estão os maiores perigos


Seguindo a lógica de que os melhores perfumes estão nos menores frascos, os alimentos mais saborosos deveriam vir nos menores bocados. Em parte esse pensamento está correto: as pessoas valorizam mais chocolates e doces em embalagens diminutas. A parte ruim é que desta forma elas consomem mais e, como consequência, elevam seu consumo calórico.

Essa é a conclusão de um artigo que procurou saber menos sobre os hábitos nutricionais e mais nos padrões de consumo de doces em geral. Publicado no Journal of Marketing, o estudo feito por Jennifer Argo, observou que – para alegria dos fabricantes – doces com porções menores, embrulhados separadamente e em conjuntos pequenos (como aqueles encontrados em caixas de bombom) são vistos com mais desejo do que os mesmos produtos em tamanhos maiores ou ensacados em conjuntos grandes, por exemplo.
Isso quer dizer, sugere a pesquisa, que meia dúzia de brigadeiros em uma bela caixinha parece ser mais saboroso do que um “brigadeirão” na prateleita da padaria ou de uma bandeja de brigadeiros com uma centena de docinhos. A combinação de tamanhos pequenos e porções sensivelmente “finitas” (que você sabe que vai acabar rapidamente) é a pior possível para aqueles em dieta ou que querem controlar o próprio peso.

Autoestima e autoengano

Além disso, diz Argo, os níveis de autoestima influenciam o modo como as pessoas consomem estes doces apresentados de forma mais “luxuosa e exclusiva”. “Pessoas com a autoestima elevada tiveram um consumo maior desses alimentos na maioria das situações. Entretanto, quando as embalagens tinham informações afirmando que os doces eram versões menos calóricas do produto, por exemplo, esse consumo era muito maior”, aponta a pesquisadora.
A visibilidade do produto também influenciava esses dois tipos de consumidores: embalagens sem o produto à mostra eram mais consumidos por pessoas com maior nível de autoestima – que na pesquisa eram pessoas com maior poder aquisitivo e melhor resolvidos com sua aparência e peso – e as embalagens com os produtos visíveis eram mais desejados pelos consumidores com menores níveis de autoestima.
“Esse segundo grupo tendia a desconfiar mais dos produtos oferecidos em embalagens fechadas. Mas eram convencidos facilmente quando viam o produto e quando eles eram acompanhados de determinadas afirmações sobre seus benefícios”, diz Argo. A estratégia das empresas, claro, é fazer o consumidor pagar mais por embalagens mais “exclusivas”, mas de quebra este tipo de mecanismo de venda também eleva o risco de consumo calórico exagerado.
“Todo esse processo que observamos está no nível cognitivo. As pessoas nem sempre pensam no que estão comprando e parecem deixar de pensar na quantidade do que estão comendo quando há poucas unidades de um alimento”, finaliza a autora.







Crianças apanham mais dos pais que sofrem com depressão pós-parto


A depressão pós-parto é um mal que atinge de 10 a 20% das mulheres nos primeiros meses da gestação. Mas uma pesquisa indica que as mulheres que sofrem de depressão também podem descontar esse sentimento nos filhos, apresentando recriminação às crianças, como dedicar menos tempo a elas e até bater. 


De acordo com dados da Universidade de Michigan, nos EUA, dos 1.746 pais entrevistados, com crianças de um ano de idade, 7% dos gestores apresentavam depressão. 
Quanto à agressão, 13% dos pais afirmaram ter batido no filho, já dos que estavam deprimidos, 41% também agiam assim. Fatores como o desemprego e abuso de substâncias psicoativas foram analisados na pesquisa como sendo mais comuns entre os pais com depressão. Os dados ainda revelam que os gestores depressivos tinham uma interação com os filhos duas vezes menor, quando isso era medido pela frequência que liam histórias para as crianças.